A mais recente “Pesquisa de Inovação Semestral Indicadores Básicos”, complementar à Pintec trienal, realizada pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) juntamente com Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostrou que, no ano de 2021, cerca de 70,5% das empresas industriais investiram em inovação em produto ou processos de negócios.
Dos setores analisados, o de fabricação de produtos químicos foi o que apresentou uma alta taxa de empresas inovadoras tanto em produto (76%) quanto em processo de negócios (73,7%). Os setores de produtos diversos e o de máquinas e equipamentos também se destacaram quanto à inovação em produto, alcançando 74,4% e 71,9%, respectivamente. Seguindo os setores com grande expressividade no levantamento, está o de fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, que teve 79,2% de inovação em processo de negócios frente aos 66,3% de inovação em produto.
Considerando os ramos de fabricação com menor taxa de inovação, estão o de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, com 51,6%, e o de fabricação de produtos de madeira, com 42,6%.
Ao analisar as indústrias segmentadas por faixa de ocupação de pessoal, que avalia uma proporção direta entre o número de colaboradores e a inovação, identificou-se que as empresas menores (entre 100 a 249 pessoas ocupadas) são as que têm menor taxa de inovação, 66,6%, quando comparadas com as de médio e grande porte, que ultrapassaram os 75% de inovação em produto ou em processo de negócios.
Quanto ao investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a Pintec Semestral revelou que 33,9% das indústrias com mais de 100 pessoas ocupadas realizaram dispêndios no ano de 2021 voltados para P&D. Os setores em que mais da metade das fábricas praticaram essas atividades internas são os de fabricação de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos; fabricação de produtos químicos e o de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, todos os três com mais de 60%.
Em contrapartida, o ramo da metalurgia e de confecção de artigos de vestuário e acessórios estão entre os que menos investiram em pesquisa e desenvolvimento em 2021.
Para o CEO da empresa de tecnologia de gestão de indústrias Nomus, Rafael Netto, a disseminação da cultura de inovação entre as indústrias de transformação abre espaço para o surgimento de soluções mais adequadas às necessidades atuais dos consumidores e são primordiais para ganhar competitividade em um mercado amplamente disputado. “O aperfeiçoamento dos processos, estratégias de negócio e produto tem se mostrado fundamental para que as empresas maiores se manterem nesse patamar e, para as de menor porte, enxergo que é o caminho que deve ser trilhado para o crescimento saudável do negócio”, comentou Rafael.
Fonte: GiroGO Goiás